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Cato de S. Pedro [6]

Pensa-se remontar ao ano de 1300 a.C..

Arqueólogos fizeram a descoberta de um baixo de relevo, no Templo de Chavín, no Norte do Peru, no qual está representada uma divindade, parte humana, parte animal, segurando um cato de S. Pedro como ceptro.

Quando os espanhóis chegaram ao peru, já o culto a esta planta estava implementado, sendo temido por estes. Atualmente ainda é utilizado no curandeirismo andino.


Todos os anos realiza-se uma peregrinação na qual xamãs recolhem esta planta cuidadosamente numa série de rituais envolvendo banhos em lagoas e comunicação através de outras plantas sagradas.
É realizada a decocção de fatias do cato, de forma bastante eficaz que vai sendo ingerida no decurso dos procedimentos.

Fig. 7: Divindade de Chavín – encontra-se no templo e Chavín, em Huántar, Norte do Perú, sendo representada com parecenças humanas, cabela e garras de jaguar, cabeleira de serpentes e cinto de cobras bicéfalas) [6]

 

O ritual mesa é o mais importante, com o envolvimento de objetos considerados mágicos, num processo de cura. A ingestão é através do chá de San Pedro, sendo feito a partir da cozedura de catos com 7 pontas. Com um ritual envolvendo orações, purificações e acusações a espíritos é adicionada aguardente de cana-de-açucar.

Fig.8: Mesa – área delimitada por espadas, estacas e madeira, uma vez o processo de cura ser considerado uma batalha. [6]

Fig.9: Cerimónia da Mesa [6]

Peiote



Índios Huicholes [6]



Todos os anos os índios destas tribos seguem até ao local onde acreditam ser o centro do mundo – Wirikuta – onde seguem o caminho do seu herói mítico, o veado Kauyumari que muitas vezes é representado com o peiote sagrado.
Após rituais de elevação a deuses vão à procura desta planta, que acreditam ser um local de repouso do herói. Aí têm de o “prender” e “matar” com uma seta, tal como diz a lenda. Ao cortarem a planta, deixam as raizes que acreditam ser “os ossos” de onde renascerá o veado. Durante a noite acampam e junto á fogueira ingerem a planta.


“Mas não se deve falar sobre isso. Devemos guardá-lo dentro do coração. Só o teu eu tem conhecimento. E uma coisa perfeita, uma coisa pessoal, um assunto privado. Tudo isto é necessário para compreender, para encontrar a própria vida”

 

 



Native American Church 

 

A Native American Church menciona a utilização desta planta diversas vezes para resolver problemas de alcoolismo e desenvolver a capacidade intelectual.
Os rituais divergem ao longo do tempo de vida desta igreja mas costumam basear-se em rituais de purificação e silêncio, seguida da ingestão desta planta com canções e danças. Normalmente são guiados pelo “Roadman”, sendo o momento muitas vezes denominada por Caminho do Peiote.
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Fig. 5: Bordado em cores vivas da história do Kauyumari, através de visões [6]

Fig. 6: Native American Church [7]

Cerimónias/Rituais Sagrados

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